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Origens Afro Amazônicas

O ritmo do Gambá de Borba eflete a poética do dia-a-dia caboclo em suas letras, uma cultura ancestral que atravessou gerações e chegou até a região com influências africanas, indígenas e européias. Trata-se de um ritmo musical caboclo, que entoa ao longo da margem do rio Madeira.

O Gambá é o nome dado ao tambor e gênero musical de origem afro-amazônica presente em diversas manifestações culturais, cujos primeiros registros escritos datam dos séculos 18 e 19, entre comunidades indígenas da etnia Mawé e quilombolas, nos estados do Amazonas e Pará.

O batuque é uma denominação genérica que os portugueses davam para as danças de tambor da população negra. Por isso, a chegada dos tambores na Amazônia está diretamente relacionada à chegada de negros na região, que geralmente entravam por Belém (PA) e eram distribuídos pelos demais Estados.

​Tambor de Gambá é um instrumento de percussão da família dos membranofones, feito de tronco de árvores da Amazônia como, a itaúba ou a cupiúba. A madeira é escavada no meio e com uma pele de boi ou de veado cobrindo apenas um dos lados do instrumento. Para prender a pele, são usados pinos feitos de madeira, que funcionam como pregos. 

ETIMOLOGIA

O termo Gambá faz referência e significa tanto a dança quanto o ritmo.[2] Tem origem na construção de dois instrumentos de percussão feitos de tronco oco, com uma das bocas fechada por um couro de animal esticado.[1] Devido o odor desagradável do couro nomeou-se o instrumento de Gambá.

Os mestres de Gambá são agricultores, pequenos comerciantes, pescadores e arte-educadores zona rural, que é composta por comunidades indígenas da etnia Sateré-Mawé e não indígenas.

FONTES

Cristian Pio. Tambores da floresta: o gambá de Maués. Manaus: Governo do Estado do Amazonas – Secretaria de Estado da Cultura, 2012.

Saunier, K. A. de S., Monteiro, W. M. C. (Mestre Barrô), & Carneiro Monteiro, Y. S. M. (ano de publicação). Gambá elétrico: revitalização e reinvenção de uma tradição na cidade de Maués/AM. Comunicação, etnomusicologia. Universidade Estadual de Campinas; Universidade Estadual Paulista.

LEDA, Cleumir da S. A prática do tambor de gambá na cultura de Maués. Escola Superior de Artes e Turismo (ESAT/UEA). Manaus-AM, 2018.

Catimbó. In: PRANDI, Reginaldo (Org.). Encantaria brasileira: o livro dos mestres, caboclos e encantados. Rio de Janeiro: Pallas, 2001. p. 146-159.

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